Cirurgia Robótica

Tecnologia avançada para melhores resultados e qualidade de vida

O que é?

A Cirurgia Robótica representa um dos maiores avanços da medicina moderna. Ao combinar a experiência dos cirurgiões com a tecnologia de última geração, este método permite realizar intervenções minimamente invasivas, com maior precisão, segurança e conforto para o doente.
Graças ao uso de sistemas robóticos, é possível alcançar áreas de difícil acesso, reduzir riscos de complicações, diminuir a dor pós-operatória e acelerar a recuperação.

A realização da Cirurgia Robótica nas melhores condições implica blocos operatórios equipados com tecnologia moderna, equipas cirúrgicas competentes e experientes com treino adequado sendo o papel do cirurgião decisório, como acontece no Hospital CUF Tejo.

Na CUF, a cirurgia robótica está ao serviço dos doentes, colocando a inovação a favor da saúde e da qualidade de vida.

Vantagens da Cirurgia Robótica
Como é realizada uma Cirurgia Robótica?

Os robôs são compostos por um sistema de três elementos: uma consola cirúrgica, um equipamento com os braços robóticos (que se acoplam ao paciente) e uma torre de comando composta pelo processador (computador) e sistema de imagem 3D, em alta definição.

O cirurgião faz três a cinco pequenas incisões (5 a 12 mm) no seu corpo e insere os instrumentos miniaturizados e uma câmara tridimensional de alta definição, que acopla aos braços robóticos. Depois, desde uma consola contígua, o cirurgião manipula a câmara e os instrumentos para realizar a operação.

Durante uma cirurgia robótica, o cirurgião usa os comandos da consola para manipular os instrumentos, e estes traduzem os comandos do cirurgião em movimentos precisos dentro do corpo do doente. O doente está permanentemente sob o controlo total do cirurgião e da sua equipa, garantindo a máxima segurança em todo o processo. O próprio sistema do robô realiza ações de verificação de segurança durante o procedimento.

Para que patologias está indicada a Cirurgia Robótica?

A Cirurgia Robótica é frequentemente utilizada nos seguintes procedimentos cirúrgicos:

  • Cirurgia Bariátrica: obesidade e/ou diabetes
  • Cirurgia Oncológica: cancro do reto, cancro do cólon, cancro da próstata, cancro do rim e da bexiga, cancro do esófago e do estômago, cancro do fígado, do pâncreas e vias biliares, ginecologia oncológica, tumores da base da língua e cancro do pulmão.
  • Ginecologia: endometriose
  • Cirurgia da parede abdominal (hérnia umbilical, hérnia inguinal, hérnia incisional, diástase dos músculos retos abdominais)
  • Cirurgia do refluxo gastroesofágico
  • Cirurgia da acalásia
  • Cirurgia Endócrina: tumores da tiroide; tumores da glândula suprarrenal
  • Cirurgia Torácica
  • Cirurgia Cardíaca
  • Cirurgia Urológica (para além da cirurgia urológica oncológica)
  • Cirurgia Ortopédica
Quais são as vantagens da Cirurgia Robótica para os doentes?

As vantagens descritas para a Cirurgia Robótica consubstancia-se em benefícios diretos para o doente:

  • Disseção mais precisa dos tecidos, com menos perdas de sangue e menor risco de lesão inadvertida de estruturas anatómicas que devem ser preservadas (como certos nervos, veias ou artérias)
  • Suturas mais seguras e mais precisas
  • Menos dor no pós-operatório
  • Redução das perdas de sangue / Menos transfusões
  • Restabelecimento mais rápido do trânsito intestinal
  • Tolerância mais precoce à dieta oral
  • Tempo de internamento mais curto
  • Menor incidência de infeção da ferida operatória
  • Menor incidência de hérnia incisional
  • Regresso mais rápido às atividades quotidianas (higiene pessoal, vestir-se, etc.)
  • Regresso mais rápido à atividade profissional
  • Melhor resultado cosmético
  • Resposta imunitária mais poderosa (com especial relevância no tratamento de doença oncológica)

O resultado final é o aumento da segurança, menor incidência de complicações, menos dor e recuperação pós-operatória mais rápida. Além disso e igualmente relevante, o advento da Cirurgia Robótica permite que, hoje, se realizem por via minimamente invasiva operações mais complexas que, de outra forma, apenas poderiam ser realizadas por cirurgia convencional aberta.

As vantagens e benefícios da cirurgia robótica encontram a sua expressão máxima na cirurgia de extrema complexidade técnica, como é o caso da cirurgia oncológica complexa ou da cirurgia de revisão (isto é, em doentes submetidos a operações prévias na mesma região anatómica).

De que forma é que a Cirurgia Robótica produz as referidas vantagens e benefícios?

1. Evita incisões mais ou menos longas e profundas

Este facto, seja no abdómen, no tórax, ou em outras localizações, permite reduzir a agressão sobre a pele, músculos e restantes tecidos, o que facilita a recuperação global do doente: o fato de não serem seccionados músculos ou estruturas ósseas acelera a cicatrização (o tecido que não foi agredido não precisa de cicatrizar), permite uma recuperação funcional mais rápida e mais completa (o músculo seccionado nunca volta à sua forma original), reduz a incidência de infeção da ferida operatória e reduz a incidência de hérnias incisionais no futuro.

2. A execução do procedimento é mais delicada, minuciosa e segura

a. Maior e melhor visibilidade = mais precisão e maior segurança
A utilização de câmaras e sistemas ópticos com uma definição de imagem superior à do olho humano, montadas num suporte físico de reduzidas dimensões (5 a 10 mm) e a capacidade de ampliação da imagem (sem perda de definição), permitem o acesso a pequenas cavidades e recessos que, de outra forma, seriam inacessíveis e uma execução técnica mais precisa e primorosa, reduzindo o dano inadvertido de estruturas anatómicas importantes de pequenas dimensões (como pequenos nervos e vasos sanguíneos, de difícil visualização).

b. Instrumentos finos e delicados = menor agressão dos tecidos
Na Cirurgia Minimamente Invasiva / Cirurgia Robótica o cirurgião não introduz as mãos dentro do paciente e estas são substituídas por instrumentos mais finos e delicados, especialmente desenhados para este tipo de cirurgia. Em consequência, evita-se a manipulação grosseira dos tecidos e órgãos do paciente, reduzindo a agressão e o trauma inerentes ao procedimento.

3. A região ou cavidade operada (por exemplo, o abdómen ou o tórax) está fechada durante todo o procedimento, sem o habitual contato prolongado da mesma com o ambiente extracorporal

Na cirurgia por via aberta a região ou cavidade operada é deixada em contacto direto com o ar e com o ambiente extracorporal, por períodos que podem prolongar-se por várias horas. Este fato aumenta o risco de contaminação por micro-organismos presentes no ar ambiente, facilita perdas de água por evaporação com consequente desidratação e alteração do equilíbrio hidroelectrolítico e enfraquece a resposta imunitária global do organismo.

Na Cirurgia Minimamente Invasiva / Cirurgia Robótica a região ou cavidade operada é mantida fechada durante todo o procedimento o que permite:

  • reduzir o risco de infeção interna durante a operação
  • manter a homeostasia e o equilíbrio hidroelectrolítico
  • reforçar a resposta imunitária: muito importante, não só para a recuperação pós-operatória mas também no combate à doença de base, sobretudo no caso de doença oncológica.
Qualquer médico pode realizar Cirurgia Robótica?

Antes de realizar Cirurgia Robótica o cirurgião deve submeter-se a um processo de formação e certificação específico.

Em primeiro lugar, é realizada uma certificação pela próprio fornecedor do equipamento depois de várias sessões de simulação e de treino em animal num centro de formação especializado.

Depois, o cirurgião em formação visita um centro de Cirurgia Robótica para observar in loco alguma intervenções cirúrgicas da sua especialidade (ação de formação conhecida como “Case Observation”); o centro e o cirurgião anfitriões têm que ser obrigatoriamente reconhecidos como centros de formação (o que acontece, por exemplo, com o Hospital CUF Tejo e respetivos cirurgiões). O cirurgião em formação é agora considerado apto a operar os seus primeiros doentes, sob a supervisão de um cirurgião formador certificado, um proctor, que se deslocará à sua unidade hospitalar para este efeito (ação de formação conhecida como “Proctoring”) o número de vezes que forem consideradas necessárias até que o cirurgião em formação seja considerado apto a praticar Cirurgia Robótica sem supervisão. O Hospital CUF Tejo desempenha uma intensa ação de formação, sendo sede de Case Observations e deslocando-se todos os meses alguns dos seus cirurgiões para ações de Proctoring, um pouco por toda a Europa.

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Carlos Vaz