Romã: conheça os benefícios deste fruto
A romã é um fruto do outono cuja a riqueza nutritiva pode oferecer benefícios à nossa saúde. Conheça alguns motivos para incluí-la na sua alimentação.
A romã contém nutrientes benéficos para o coração, a imunidade e a prevenção de doenças, o que pode trazer mais saúde ao nosso dia a dia. Fique a conhecer os seus benefícios, assim como formas de incluí-la na sua alimentação.
O que é a romã?
A romã (Punica granatum L.) é o fruto da romãzeira, uma árvore de origem asiática, cuja viagem ao longo dos séculos levou-a do Sul da Ásia até ao Mediterrâneo. Conhecida como um dos frutos comestíveis mais antigos, a romã tornou-se especialmente popular em países do Mediterrâneo - em Portugal, com destaque para o Algarve, que concentra cerca de 95 % da produção nacional.
O aumento contínuo das áreas de cultivo, tanto em Portugal como a nível mundial, reflete a crescente procura pelos seus benefícios para a saúde e versatilidade na alimentação. Este fruto é tradicionalmente colhido entre setembro e novembro, quando apresenta o seu perfil nutricional mais elevado.
Botanicamente, a romã é um fruto simples e globuloso com sementes envoltas em polpa, estando associada a simbolismos culturais como longevidade, vitalidade e fertilidade.
Sabia que...
A cor da casca da romã não revela a intensidade da cor das sementes. Dependendo da variedade, pode haver uma grande diversidade de tonalidades exteriores e interiores.
Quais os nutrientes da romã?
A romã destaca-se pelo seu elevado conteúdo em polifenóis - antocianinas, taninos, ácido elágico e flavonoides -, que lhe conferem um potencial antioxidante três vezes superior ao vinho tinto e ao chá verde. É fonte de fibra, carotenos, vitamina C, potássio e ferro, e apresenta um baixo valor energético (cerca de 50 kcal por 100 g de parte comestível).
Quais os benefícios da romã?
Além dos benefícios gerais do consumo de fruta, a romã contribui para a proteção cardiovascular, regulação da microbiota intestinal e equilíbrio do sistema imunitário.
Proteção cardiovascular
Os polifenóis presentes na romã modulam respostas anti-inflamatórias e fortalecem as defesas antioxidantes, ajudando a reduzir o risco de doenças cardíacas e a proteger os vasos sanguíneos.
Prevenção de alguns tipos de cancro
Fitoquímicos como antocianinas, quercetina e ácido elágico presentes na romã ajudam a proteger as células do dano oxidativo, podendo ter um papel relevante na prevenção de determinados tumores.
Regulação da microbiota intestinal
Rica em fibra, a romã apoia o equilíbrio da flora intestinal, favorece o trânsito e contribui para um sistema digestivo saudável.
Prevenção da diabetes mellitus
Estudos sugerem que o consumo regular de romã pode ter um papel na prevenção da diabetes, graças à sua capacidade de modular processos inflamatórios e equilibrar os níveis de glicose.
Equilíbrio do sistema imunitário
Graças à concentração de vitamina C e outros antioxidantes, a romã contribui para a proteção contra infeções e para o reforço das defesas naturais do organismo.
Controlo da pressão arterial e prevenção de doenças metabólicas
O potássio e os compostos fenólicos da romã colaboram no equilíbrio da pressão arterial, na prevenção de hipertensão e de patologias metabólicas como a aterosclerose.
Estes benefícios reforçam a importância de incluir romã na alimentação, especialmente durante a sua época de maior frescura e valor nutricional.
Sabia que...
As romãs não continuam a amadurecer após a colheita, devendo ser adquiridas bem desenvolvidas, sem rachaduras, cortes ou podridão.
Como preparar e consumir romã
A romã permite uma enorme versatilidade: pode ser consumida ao natural, em sumos, águas aromatizadas, sobremesas, saladas, geleias, compotas, vinagretes e molhos, adicionando cor e textura aos pratos.
Uma das razões para o baixo consumo da romã reside na sua preparação, a qual pode parecer um pouco complicada. Assim, depois de a lavar bem e para conseguir retirar facilmente os seus bagos, corte o topo, faça golpes verticais na casca a simular gomos, e separe cada segmento com as mãos. Por fim, segure a casca para cima e bata com uma colher de pau para libertar os bagos para uma tigela. Estes bagos podem ser conservados no frigorífico durante cerca de duas semanas ou congelados por vários meses, mantendo o sabor e a textura.
O seu consumo é seguro para a maioria das pessoas, pelo que não há contraindicações relevantes. Porém, em caso de patologias específicas, alergias ou dúvidas, deverá procurar aconselhamento profissional.
Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável PNPAS, setembro de 2025
Ebook “Romã: Aspetos Nutricionais e de Saúde” da Associação Portuguesa de Nutrição APN, setembro de 2025