Pectus excavatum em cinco perguntas essenciais

O que é?

O pectus excavatum (também conhecido como “peito escavado”) é uma deformidade no tórax, caracterizada por um afundamento mais ou menos profundo da região mediana do peito, que fica com o aspeto de uma “cova”. Pode existir desde a nascença mas é, habitualmente, pouco evidente. Após o início da adolescência, sofre um agravamento ou é notado de novo, podendo ainda ficar mais deprimido até aos 16-18 anos de idade

 

Como se manifesta?

Impacto estético

De acordo com Cristina Borges, Coordenadora de Cirurgia Pediátrica no Hospital CUF Descobertas, “o pectus excavatum pode não dar sintomas nas formas ligeiras ou moderadas” mas o desconforto estético pode vir a ser problemático. “Os jovens tendem a isolar-se e a não se exporem em público, evitando atividades desportivas e todas as situações que exijam exposição do peito e da sua imagem.”

 

Impacto psicológico

Francisco Félix, Coordenador de Cirurgia Torácica no Hospital CUF Descobertas, refere que o impacto estético é o fator que mais leva à procura de tratamento ou aconselhamento, “em especial após o notório agravamento na puberdade, devido ao crescimento explosivo que então ocorre”. Isto pode levar, por sua vez, à adoção de “posturas viciosas de ocultação da deformidade, isolamento social e degradação da autoestima”, potenciando o desenvolvimento de problemas emocionais.

 

Impacto físico

Dependendo da severidade e da assimetria da deformidade, o pectus excavatum também pode ter consequências físicas relevantes. Quando a criança inicia a fase de crescimento rápido que é típica da adolescência, as suas cartilagens, menos flexíveis do que antes, são mais pressionadas, podendo comprimir os órgãos internos e afetar a função respiratória. O pectus excavatum pode igualmente levar a deformidades posturais difíceis de corrigir, como vícios posturais ou escoliose.

Publicado a 02/12/2020
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