Como é nascer na CUF?

Com 20 anos de experiência, a Maternidade CUF ajuda a trazer ao mundo recém-nascidos, com cuidados de excelência que a tornam uma referência a nível nacional. As equipas multidisciplinares do Hospital CUF Descobertas e do Hospital CUF Porto garantem um acompanhamento constante, desde a preparação para o parto até depois do nascimento do bebé.

 

Joana Nabais Pinto foi uma das muitas mulheres atentamente acompanhadas pela CUF durante a sua gravidez de risco. Hoje, é mãe de uma menina com cerca de um ano e meio, mas quando começou a pensar em ter filhos, aos 32 anos, um problema de saúde previamente identificado pela ginecologista Luísa Martins, Coordenadora da Unidade de Alto Risco Obstétrico no Hospital CUF Descobertas, gerou algumas preocupações. “Eu sofria de uma síndrome de ovários poliquísticos, o que poderia dificultar a gravidez”, revela. “Fiz, no entanto, medicação para essa condição e acabei por engravidar com facilidade, sem necessidade de fazer mais tratamentos.”

Joana deparou-se, no entanto, com um segundo obstáculo: uma anemia congénita que precisou confirmar não ser partilhada com o marido – caso contrário, a criança teria 25% de possibilidades de nascer com uma doença grave. Também neste caso, a questão acabou por ser rapidamente despistada e, uma vez mais, Joana respirou de alívio. Ainda assim, os desafios não ficariam por aqui. Nos exames pedidos durante a consulta de pré-conceção, verificou-se que os valores relacionados com a função da sua tiroide poderiam necessitar de atenção. “A Dra. Luísa Martins encaminhou-me para uma consulta de endocrinologia na gravidez, com a Dra. Inês Sapinho, e fomos fazendo a gestão, através das análises, e adaptando a medicação para controlar melhor a situação”, conta Joana.

Joana Nabais Pinto e médica

A médica Luísa Martins explica que “o bom funcionamento da tiroide é importante para o desenvolvimento do feto” e que existe uma relação direta entre “as alterações da função da tiroide na mãe e alterações cognitivas dos futuros recém-nascidos”. A consulta de pré-conceção e o acompanhamento na Unidade de Alto Risco Obstétrico foram, por isso, fundamentais para o sucesso desta gravidez.

“Na Unidade de Alto Risco Obstétrico fazemos a vigilância de gravidezes que têm uma maior hipótese de vir a ter complicações”, esclarece Luísa Martins. “É uma unidade formada por médicos que têm a área de diferenciação em medicina materno-fetal (também designada de alto risco) e que conta com o apoio de várias especialidades médicas que trabalham em conjunto sempre que é necessário.” No fundo, é transversal a toda a área de obstetrícia e, de acordo com a médica, “é a Medicina Interna da grávida”.

Acompanhamento de uma gravidez de risco

Ainda de acordo com a Coordenadora da Unidade de Alto Risco Obstétrico no Hospital CUF Descobertas, estamos perante uma gravidez de risco quando a probabilidade de existir uma complicação na gravidez é maior do que a da população em geral. “Nestas mulheres, vamos atuar com o objetivo de tentar reduzir as complicações e de chegar ao final da gravidez com uma mãe e um feto saudáveis, de preferência sem que nenhum problema tenha surgido.”

Feto, mãe e gravidez são as três vertentes que têm de ser asseguradas. “Quando falamos em gravidez de risco na medicina materno-fetal, precisamos de ter sempre em mente qual é o risco: pode ser inerente à mulher no caso de uma doença prévia (como as doenças autoimunes), pode ser inerente à gravidez (como a diabetes ou a hipertensão gestacionais) ou pode ser uma complicação do próprio feto, como uma malformação.”

O facto de as mulheres programarem, cada vez mais, a sua gravidez, tem aumentado a procura pelas consultas de pré-conceção, o que tem sido importante para identificar situações de saúde desconhecidas e corrigir outras já identificadas. Por outro lado, há cada vez mais mulheres a terem o primeiro filho depois dos 35 anos, idade a partir da qual surgem mais complicações e a possibilidade de engravidar se torna mais reduzida. “É maior a probabilidade de encontrar alterações cromossómicas, de ter a tensão alta ou diabetes na gravidez, e também aumentam as hipóteses de termos bebés mais pequenos. Falamos, portanto, de um leque maior de patologias, daí que a recomendação, nestes casos, seja fazer-se uma maior vigilância”, alerta a médica.

São diversas as razões que têm levado as mulheres a adiar a maternidade, como a vontade de estabilizar na carreira ou o facto de ainda não terem atingido a situação financeira e/ou emocional desejadas. Por sua vez, a pandemia provocada pela COVID-19 acrescentou um nível extra de ansiedade e incerteza em relação ao futuro. O que é certo é que há 50 anos que o número de bebés nascidos em Portugal não era tão baixo: foram 79.217 em 2021, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. E a idade média em que uma mulher tem filhos também é mais elevada: superior a 30 anos. Não obstante, se estamos perante um momento de baixa de natalidade ao qual é necessário dar atenção, também estamos, por outro lado, muito mais capazes de dar saúde e segurança a estas futuras mães, mesmo que de idades mais avançadas.

A excelência aliada aos cuidados

Presente quando e onde é preciso, qualquer que seja o seu polo, no Norte ou Sul do país, a Maternidade CUF conta com equipas médicas, de enfermagem e auxiliares diferenciadas, multidisciplinares, totalmente vocacionadas e especializadas no acompanhamento da gravidez e do parto. Da Maternidade CUF fazem parte as subespecialidades de Medicina Materno-Fetal, Medicina de Reprodução, Ginecologia Oncológica, Patologia Cervical/Colposcopia e Uroginecologia. De acordo com Filomena Cardoso, especialista em Ginecologia-Obstetrícia no Hospital CUF Porto, por estar integrada, com todas as valências, em dois hospitais – Hospital CUF Descobertas e Hospital CUF Porto – a Ginecologia-Obstetrícia beneficia do “suporte complementar de outras especialidades médicas e cirúrgicas fundamentais para o acompanhamento de grávidas, nomeadamente Medicina Interna, Endocrinologia, Cardiologia, Imunohemoterapia, Dermatologia, Urologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Cuidados Intensivos de Adultos, entre outros”.

Filomena Cardoso

Esta equipa multidisciplinar e diferenciada está ao serviço das mulheres desde o momento em que decidem ser mães, de forma a preparar a sua gravidez. “Sempre que possível, é essencial fazer uma consulta de pré-conceção. Pensar e planear é fundamental”, lembra Ana Patrícia Domingues, Coordenadora de Obstetrícia no Hospital CUF Descobertas. Nessas consultas, são realizados os exames concecionais de despiste dos riscos mais comuns e ajustados todos os fatores que podem influenciar a gravidez, sejam da parte ginecológica, endocrinológica ou de medicina interna. Tudo é feito de forma a garantir que a gravidez corre da forma mais saudável possível.

Ana Domingues

Depois, já durante a gravidez, há consultas mensais e ecografias trimestrais. “Dispomos de ecógrafos de última geração que permitem aos médicos pedirem sempre uma ecografia e verificar se está tudo bem com o bebé. Sabemos que este é um ponto que tranquiliza os futuros pais”, acrescenta.

Além disso, toda a equipa está a par do que vai acontecendo durante as gravidezes e, nas reuniões mensais, discutem os casos que podem implicar mais cuidado, de forma a garantir que todas as partes estão preparadas e articuladas para agir e dar resposta a qualquer situação que ocorra, tanto durante a gravidez como durante o parto.

Humanização de todo o percurso

"Procuramos deixar o casal vivenciar o parto da forma que idealizou, dentro dos limites e normas de segurança, e sempre sob o olhar atento e discreto dos responsáveis médicos e de enfermagem”, refere Filomena Cardoso. A humanização do trabalho de parto tem sido uma das preocupações das equipas envolvidas, permitindo o acompanhamento pelo marido ou familiar, bem como o recurso a analgesia do parto sempre que solicitada, realizada por uma equipa de anestesistas com ampla experiência.

A Maternidade CUF procura o conforto da mãe em todos os momentos. Como exemplo, Ana Patrícia Domingues aponta que, durante o trabalho de parto, a monitorização pode ser feita por wireless, para que a grávida não esteja sempre deitada. “Também podem pôr música, ver televisão, utilizar a bola de pilates ou tomar um duche. Temos ainda o conceito da ‘walking epidural’, ou seja, mesmo após a analgesia, esta não as impede de caminhar.” A possibilidade de fazer a monitorização contínua dos batimentos cardíacos fetais, ligada a uma central de análise automática dos dados (sistema omniview), sempre monitorizados pela equipa médica e de enfermagem, ajuda a criar um ambiente controlado e tranquilo num momento tão especial como é o parto.

“Dentro do possível, após o parto, a puérpera e o seu bebé ficam no quarto e é lá que são prestados todos os cuidados, sejam eles obstétricos ou ao recém-nascido”, esclarece a Coordenadora de Obstetrícia do Hospital CUF Descobertas. Além disso, “no período após o nascimento, há uma atenção particular de toda a equipa para incentivar o estreitamento de laços entre os pais e o bebé, promovendo o aleitamento materno precoce”, acrescenta Filomena Cardoso.

O serviço de Ginecologia-Obstetrícia da Maternidade CUF conta com o apoio, 24 horas por dia, da Imagiologia e da Patologia Clínica. Por sua vez, a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) dispõe de um quadro diferenciado de neonatologistas e enfermeiros que tem a colaboração e o apoio de todas as especialidades, sendo as mais frequentemente solicitadas a Cardiologia, a Cirurgia Pediátrica, a Oftalmologia e a Otorrinolaringologia.

Se esta garantia de apoio imediato ao recém-nascido é um dos fatores diferenciadores da Maternidade CUF, Filomena Cardoso não deixa de acrescentar a esse leque de vantagens “a transmissão de uma mensagem de confiança e segurança às famílias, garantindo o acompanhamento por uma equipa multidisciplinar”, algo que, associado a “condições acolhedoras e com o máximo conforto”, faz toda a diferença. 

O primeiro dia do resto da vida

“É na primeira semana que podem surgir as primeiras dificuldades. Por isso, no hospital, está sempre toda a equipa disponível”, afirma Ana Patrícia Domingues. No entanto, ao chegar a casa, surgem as dificuldades, até porque é nessa altura que se dá, por exemplo, a “subida do leite”, situações que, por vezes, podem ser complicadas de lidar e que não facilitam a adaptação a uma nova vivência, que se quer o mais feliz possível. “São, por isso, muito úteis a promoção do aleitamento materno, o estímulo, os cuidados e os ensinamentos prestados. E nós tivemos um aumento significativo de puérperas com alta em aleitamento materno exclusivo.” O acompanhamento pós-parto tem diminuído o número de problemas associados à amamentação, nomeadamente as mastites, uma inflamação da mama. “O facto de poderem recorrer à equipa de enfermagem ou do médico assistente, quer nas consultas, quer quando sentem ser necessário, evita muitas vezes a progressão para situações mais complicadas.”

 

Joana Nabais

Joana Nabais Pinto, confirma todos estes cuidados. Às 41 semanas, por não conseguir fazer a dilatação completa, a sua filha nasceu de cesariana. “Correu tudo bem. Ela nasceu sem nenhum problema relacionado quer com a anemia, quer com a tiroide, e fui sempre muito bem acompanhada por toda a equipa.” O seu parto coincidiu, contudo, com o início da pandemia, o que representou desafios adicionais. “Eu era uma mãe de primeira viagem, a passar por uma pandemia, mas, mesmo nos momentos mais stressantes, senti-me sempre muito bem acompanhada”, assegura. “Depois, tive algumas dificuldades com a amamentação, mas as consultas específicas para esse efeito minimizaram o problema. A forma calma e descomplicada como a enfermeira me ajudou a ver o que estava a fazer e como podia melhorar foi muito importante.” 

Joana prepara-se agora para iniciar uma nova aventura, já que, “apesar de ter tido uma gravidez de risco, sempre senti o apoio da doutora e da equipa de enfermagem e, mesmo com o problema da tiroide, nunca me senti insegura”. O primeiro passo já foi dado: a consulta de pré-conceção, para antecipar todos os percalços que possam surgir, apesar de saber que terá toda uma equipa à sua disposição durante todo o caminho.

Bárbara Fontoura

Em que consistem os cursos de Preparação para o Parto e Parentalidade da CUF?

Destinados a mulheres com mais de 28 semanas de gravidez e respetivos acompanhantes, têm como objetivo principal promover o equilíbrio materno-fetal, potenciar o empoderamento da mulher para o parto e para este processo de parentalidade, diminuir a ansiedade e os receios desta fase da gravidez e criar as condições necessárias para que a mãe e o acompanhante tenham todos os recursos necessários para que, em consciência, possam tomar as melhores decisões sobre a vivência da gravidez e sobre o tipo de parto que desejam. As temáticas trabalhadas estão relacionadas com os cuidados no pós-parto, desenvolvimento do recém-nascido, amamentação, cuidados de higiene, segurança e transporte do recém-nascido, cólicas, o trabalho de parto e o parto.

Os cursos de preparação podem ser realizados presencialmente ou em formato online, para uma maior comodidade.  

 

Como funciona o apoio de 24 horas por dia na Maternidade CUF?

A nossa Linha de Apoio está disponível 24 horas por dia e pode ser usada até ao primeiro mês de vida do bebé. É, no fundo, o número da enfermeira especialista de saúde materna e obstétrica que está sempre disponível para responder a quaisquer dúvidas que surjam. 

 

Qual é o papel da equipa de enfermagem da CUF no acompanhamento das famílias ao longo de toda a gravidez?

Estamos estruturados de forma a que a equipa de enfermagem faça a triagem da informação necessária a transmitir à grávida, consoante o trimestre. Antes da consulta médica, a grávida é sempre acompanhada pela Enfermeira Especialista em Saúde Materna. Na fase final da gravidez, disponibilizamos o curso de Preparação para o Parto e Parentalidade. No período pós-parto, fazemos os contactos de follow-up, na primeira semana de regresso a casa, para percebermos como correu, se precisam de apoio, se têm dúvidas, se se sentiram bem, se há alguma dificuldade maior. Se for necessário, fazemos o encaminhamento mais especializado, de acordo com a necessidade.

Nova imagem
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À excelência dos cuidados médicos, aliam-se as condições de conforto e humanização dos espaços da Maternidade CUF para que este momento tão importante possa ser vivido em harmonia e serenidade, mas também em segurança. Para oferecer uma melhor experiência às grávidas e acompanhantes, a Maternidade CUF acaba de ver a sua imagem renovada, apresentando uma nova linha gráfica desenvolvida pela designer Violeta Cor de Rosa. 

gravidez

 

Fotografias de António Azevedo, António Pedrosa e Luís Filipe Catarino (4SEE)

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Publicado a 07/03/2022
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Maternidade