O que é?

Um nódulo é uma lesão discreta da glândula que resulta do crescimento anormal das células da tiroide. Por sua vez, o seu aumento do volume total denomina-se de bócio.

A doença nodular da tiroide é uma das mais frequentes e com maior incidência no sexo feminino. A sua prevalência na população geral varia de 4% a 60%, consoante os nódulos sejam diagnosticados à palpação ou por ecografia.

Sintomas

A maioria dos nódulos é assintomática, sendo geralmente descobertos num exame de rotina ou notados pelo doente como uma proeminência no pescoço. Alguns pacientes podem queixar-se de dor cervical, na mandíbula ou no ouvido. Quando se tornam grandes podem causar dificuldade em engolir ou respirar. Raramente produzem rouquidão.

Causas

Os nódulos podem ser únicos ou múltiplos e na maioria dos casos não se conhece a causa, embora possam ocorrer em situações de deficiência de iodo, induzidos por medicamentos, após radioterapia da cabeça e pescoço ou ter causa genética. A sua grande maioria são benignos (não cancerosos), mas uma pequena percentagem (5% a 10%) são carcinomas. É fundamental, portanto, uma avaliação clínica para excluir malignidade.

Diagnóstico

O exame físico e as análises não permitem determinar se o nódulo é ou não maligno. Assim, a ecografia é fundamental para determinar as suas dimensões e características, uma vez que, regra geral, apenas aqueles com mais de um centímetro ou com determinado aspeto devem ser avaliados por terem um potencial de malignidade significativo. Nestes casos é necessária a realização de uma citologia aspirativa com agulha fina (CAAF), que recolhe células do nódulo para estudo microscópico. Só em situações muito específicas deverá ser realizada uma cintigrafia da tiroide.

Tratamento

Os nódulos benignos mais comuns são os coloides, quistos e adenomas. Nestes casos, o seguimento deve ser feito a cada seis a 12 meses. Caso se verifique o seu crescimento ou a modificação das suas características, é necessário a repetição da CAAF. Quando há indicação cirúrgica, esta deve ser realizada por um médico com experiência na cirurgia da tiroide para diminuir a probabilidade de complicações.

Os nódulos malignos, apesar de serem cancerígenos, não têm na maioria a gravidade de outros cancros, pois apresentam um comportamento quase benigno. Nestes casos, a indicação inicial é a cirurgia, sendo muitas vezes necessário completar o tratamento com iodo radioativo. Estes doentes requerem acompanhamento para o resto da vida.

Prevenção

Os médicos não sabem ao certo o que causa a maioria dos nódulos da tiroide, e nesse sentido não é possível preveni-los.