Fibrosigmoidoscopia c/anestesia

A fibrosigmoidoscopia (ou retossigmoidoscopia) é um procedimento endoscópico que permite observar o reto e a parte distal do intestino grosso (sigmoide), avaliando alterações
inflamatórias, hemorrágicas ou tumorais. É realizado através da introdução de um tubo fino e flexível (colonoscópio) pelo ânus, que o médico faz avançar lentamente, permitindo observar a mucosa intestinal em detalhe. O procedimento pode ser complementado por anuscopia, para avaliar o canal anal.

Como é realizado o exame

A fibrosigmoidoscopia pode ser feita sem sedação profunda ou com sedação profunda (mais comum), de acordo com o solicitado pelo médico. O procedimento tem uma duração média de 5 a 10 minutos e é geralmente bem tolerado. Durante o exame, pode sentir ligeiro desconforto abdominal ou sensação de vontade de evacuar, que desaparecem após o término.

Durante o procedimento, o médico pode:
• Realizar biópsias (colheita de pequenos fragmentos de tecido para análise laboratorial)
• Efetuar polipectomias (remoção de pólipos)
• Aplicar clips metálicos, endoloops ou injeções de fármacos, quando indicado

Preparação

Em geral, é necessária a aplicação de um clister, conforme instruções fornecidas pela equipa médica.

Após o procedimento

A recuperação é geralmente rápida e não implica internamento. Nos casos em que foi utilizada sedação endovenosa, o doente permanece em recobro durante cerca de 1 hora. Nestes casos, deve estar acompanhado e não deve conduzir ou trabalhar no restante dia.

Quando é este exame indicado

A fibrosigmoidoscopia é indicada no diagnóstico e seguimento de várias situações, como:

• Dor, prurido ou hemorragia anal (rectorragia)
• Escorrências ou incontinência fecal e de gases
• Hemorróidas, fissuras e fístulas anais
• Doenças inflamatórias do cólon (como colite ulcerosa)
• Doenças infecciosas do cólon
• Lesões malignas ou pré-malignas
• Pólipos do reto ou sigmoide

Riscos e Complicações

A fibrosigmoidoscopia é um procedimento seguro. Complicações são raras e, quando ocorrem, costumam ser ligeiras, como hemorragia no local da biópsia ou pequenas lacerações da parede intestinal, habitualmente sem necessidade de tratamento específico. Como em qualquer procedimento endoscópico, existe um risco muito baixo de perfuração intestinal.