Porque deve ter a vacina do tétano em dia

Prevenção e bem-estar
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Quantas vezes ouviu falar de tétano? Com certeza, muitas. Mas sabe realmente que doença é esta? E o que pode acontecer se não tiver a vacina do tétano em dia?

É quase certo que, se lhe perguntassem como é que se pode contrair tétano, a sua resposta seria “cortando-se em alguma coisa ferrugenta”. Tem razão, mas existem muitas outras formas de contrair esta doença, provocada por uma bactéria, bastando apenas um pequeno corte num objeto contaminado. Se dantes esta doença provocava um grande sofrimento e, possivelmente, a morte dos doentes, felizmente, hoje em dia existe uma forma muito eficaz de a prevenir: basta manter a vacina em dia.

 

Afinal, o que é o tétano?

É uma infeção causada pela bactéria Clostridium Tetani. Os esporos da bactéria podem encontrar-se em qualquer local, incluindo solo, pó, estrume, e evoluem para bactérias nocivas quando entram no nosso corpo.

Os sintomas mais comuns são:

  • Forte contração dos músculos do maxilar
  • Espasmos musculares, frequentemente na barriga
  • Rigidez muscular dolorosa em todo o corpo
  • Incapacidade de abrir a boca
  • Dificuldades em engolir e em respirar
  • Convulsões
  • Dor de cabeça
  • Febre
  • Alterações na pressão arterial e na frequência cardíaca

 

Outras complicações

Associados ao tétano, podem ainda surgir graves problemas de saúde, como por exemplo:

  • Aperto involuntário/descontrolado das cordas vocais (espasmos da laringe)
  • Fraturas ósseas
  • Infeções contraídas em ambiente hospitalar
  • Embolia pulmonar
  • Pneumonia
  • Dificuldade respiratória que pode provocar a morte

 

Como se transmite o tétano

Ao contrário das outras doenças que podemos prevenir com a vacinação, o tétano não se transmite de pessoa para pessoa. A bactéria que leva ao desenvolvimento desta infeção entra no nosso corpo através de aberturas na pele, geralmente cortes ou perfurações de objetos contaminados e também:

  • Feridas contaminadas por terra, fezes ou saliva
  • Feridas causadas por um objeto que perfure a pele, como um prego ou uma agulha
  • Queimaduras
  • Lesões por esmagamento

 

Mas a infeção também pode surgir por causa de:

  • Feridas superficiais (na primeira camada da pele)
  • Procedimentos cirúrgicos
  • Picadas de insetos
  • Infeções dentárias
  • Fraturas expostas
  • Feridas ou infeções crónicas
  • Administração de fármacos via intravenosa
  • Injeções dadas no músculo

 

Após a entrada da bactéria no nosso corpo, o período de incubação - tempo que decorre entre a exposição e o aparecimento da doença - é geralmente entre três a 21 dias, sendo que a maior parte dos casos ocorre dentro de 14 dias.

 

Como é feita a vacinação

A melhor forma de prevenir o tétano é mantendo a vacina em dia. Pessoas que têm tétano uma vez na vida não ganham imunidade (como acontece, por exemplo, com o sarampo) e podem ser novamente infetadas. Por isso, têm de ser imunizadas com a vacina.

Esta vacina está contemplada no Programa Nacional de Vacinação e é administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Os reforços são depois feitos aos 18 meses, 5, 10, 25, 45, 65 anos e depois de 10 em 10 anos. É também administrada em cada gravidez.

A vacina do tétano não garante proteção vitalícia e é necessário repeti-la com regularidade para manter um elevado nível de proteção contra a bactéria.

 

Possíveis efeitos adversos da vacina do tétano

  • Dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção
  • Febre
  • Dores de cabeça ou do corpo
  • Fadiga
  • Muito raramente, uma reação alérgica severa (anafilaxia)

Contudo, é importante ter em consideração que o risco de ter problemas de saúde é muito maior se não levar a vacina. Além disso, fique descansado: não é possível contrair tétano através da vacina.

 

Outras medidas de prevenção

Além da vacinação contra o tétano, existem outros cuidados que pode ter no seu dia a dia para minimizar ainda mais a probabilidade de contrair esta infeção, como, por exemplo, tratar imediatamente e de forma correta qualquer ferida (mesmo as mais pequenas) e lavar as mãos com sabão e água ou utilizar uma solução desinfetante à base de álcool se não as puder lavar.

Publicado a 27/11/2019