Viver a gravidez de alto risco

A nossa família nasceu na Maternidade CUF Descobertas

Flávia Jerónimo tem 27 anos e é mãe do Mateus e da Leonor de 3 anos e 9 meses respetivamente, os dois nascidos na Maternidade do Hospital CUF Descobertas, os dois foram bebés prematuros. Flávia partilha a sua história na primeira pessoa.

 

Normalmente o contato dos pais com a maternidade é mais no final da gravidez para a visita e depois no parto. No meu caso desde cedo a maternidade e a sua equipa faz parte da nossa caminhada. Tenho ICI (Incompetência Cervico-Ístmica, uma condição congénita) e por esse motivo no final do primeiro trimestre é necessário fazer um procedimento médico, a Cerclage, no bloco, para que a minha gravidez chegue o mais longe possível.

Sendo esse período o mais frágil numa gravidez, onde o medo e as inseguranças muitas vezes fazem parte do nosso dia a dia, o  papel do médico obstetra e de toda a equipa da maternidade é fundamental neste processo. São eles que nos transmitem a calma, a força e a esperança que precisamos, tranquilizando-nos em todos os momentos durante o tempo em que estamos no internamento. 

 

 

Não havia mais nada que se pudesse fazer e a Leonor ia mesmo nascer naquela noite.

E se do Mateus a minha experiência já tinha sido a melhor possível, a experiência na Cerclage e no parto da Leonor superou as minhas expectativas, tendo em conta a situação atual que todos vivemos.

Nunca me vou esquecer, quando num dia normal de CTG às 35 semanas, o Dr. Rui Viana me diz que já não vou para casa. Por se tratar ainda de uma bebe prematura e a intenção ser a de manter a gravidez mais algum tempo, o meu marido não pôde ficar comigo.

"E aqui começou o papel incrível do meu médico, e de toda a equipa da maternidade para que a minha filha nascesse em segurança"

O medo de estar sozinha num parto, com a agravante de ser prematuro, deixou-me bastante nervosa. Mas por algum momento, nenhum deles, sem excepção, deixou de me tentar acalmar e ajudar. Evitando a todo o custo que me sentisse desamparada. O meu médico, foi incrível, e esteve o tempo todo a explicar-me tudo e, em conjunto com a equipa de enfermagem, cuidaram e ampararam esta Mãe assustada.

Mesmo sendo cesariana, pude ver a minha filha a nascer, tanto quanto foi possível, o meu médico segurou nela feliz por mais uma vitória e essa será sempre a melhor recordação desse dia. E nunca me vou esquecer da atitude de uma auxilar que se manteve sempre à minha cabeceira a dar-me apoio, visto que nesse lugar não foi possível estar o meu marido. Assim como nunca vou ter palavras para agradecer o trabalho e dedicação da equipa de Neonatologia para com a minha filha durante os 11 dias em que foram incansáveis com ela, mas também comigo, neste desafio que é a prematuridade.

jovem mulher sorridente

Cuidado que não se esquece

Também no pós-parto imediato todos me conseguiram surpreender, o cuidado em estabilizar-me o melhor possível para poder visitar a minha filha, as várias visitas ao quarto para perceber se estava bem física e psicologicamente, já que estava sozinha e sem bebé comigo.

O carinho com que as enfermeiras me ajudavam a tirar leite para as auxiliares levarem com todo o amor para a minha filha vão marcar-me para sempre. Tal como num dia, em particular, em que um bebé nos quartos ao lado chorava muito, uma enfermeira veio ao meu quarto para me perguntar se era confortável para mim visto que não tinha a minha bebé.

 

Na hora de ir embora, sempre acompanhados

No regresso a casa foram incansáveis, em chamadas, pessoalmente no hospital quando visitava a minha filha, uma preocupação imensa em saber como eu estava para me ajudarem.

 

A nossa família nasceu na maternidade CUF Descobertas, com muito orgulho. 

jovem casal com dois filhos
jovem mãe a beijar as mãos de bebé