Quando é necessário fazer uma cirurgia na tiroide?

As indicações para cirurgia da tiroide dividem-se em 3 grandes grupos:

Função hormonal - casos de hipertiroidismo (aumento da hormona tiroideia circulante) e que não são passíveis de controlo com terapêutica médica. Todas as situações (normalmente nódulos) em que há uma suspeita de doença neoplásica. Situações de bócio (aumento nodular ou difuso do tamanho da glândula) em que o volume produz sintomas compressivos e/ou alterações estéticas significativas.

Quais são os exames geralmente realizados nos casos de alterações da tiroide? Numa abordagem inicial os exames mais vezes necessários resumem-se a uma ecografia cervical; uma citologia aspirativa na presença de nódulos suspeitos (que poderá ser guiada por ecografia); e análises de sangue que incluem função tiroideia e doseamento de anticorpos anti-tiroideus.

Todos os nódulos na tiroide precisam ser removidos com cirurgia? Nem todos os nódulos necessitam de ser operados. A decisão vai depender da situação clínica e dos exames efetuados. Dependendo das características ecográficas dos nódulos, do resultado da citologia e das análises assim se decidirá se são para operar ou não. De qualquer maneira um nódulo diagnosticado mesmo não sendo operado deve continuar a ser vigiado regularmente.

 

O que acontece depois de uma cirurgia da tiroide?

Do ponto de vista cirúrgico há duas opções possíveis – retirar a glândula toda (tiroidectomia total) ou em alguns casos optar por retirar só um dos lobos (lobectomia). Neste último caso não é preciso fazer a substituição da função da glândula, uma vez que o lobo restante produz hormona suficiente para um normal equilíbrio hormonal. No caso da tiroidectomia total então sim é necessário fazer um comprimido de hormona tiroideia diariamente.