Lesões dos Tendões Extensores

O que é?

Os tendões extensores localizados na face dorsal da mão, e ligados a músculos no antebraço, permitem-nos esticar os dedos. Conforme se estendem à parte distal dos dedos vão se tornando mais finos e recebem ao nível da mão pequenos tendões da musculatura intrínseca da mão. 

 

Lesões comuns dos tendões extensores

Cortes no dorso da mão ou dedos que afetem os tendões extensores causam normalmente déficit de extensão do dedo afetado nas articulações distalmente ao corte. São normalmente tratadas com sutura do tendão e imobilização com tala por períodos longos (4 a 7 semanas). Muitas vezes o uso de talas dinâmicas e fisioterapia são necessários após o retirar da imobilização.

O dedo em martelo refere-se com a queda da última falange na articulação distal do dedo associada a ferida, arrancamento ósseo ou estiramento do tendão mas o resultado é sempre o mesmo: ponta do dedo que não se consegue esticar. Rotura fechada, associada ou não a fratura da falange levam a imobilização prolongada com tala, corte do tendão necessita de reparação cirúrgica seguida de igual período de imobilização (7 a 8 semanas).

Deformação em botoeira refere-se a deformação em flexão ao nível da interfalângica proximal (nos casos graves e prolongados associada a hiperextensão ao nível da interfalângica distal) associada a corte ou rotura na inserção do tendão extensor na base da 2ª falange. Sutura do tendão, reinserção na base da falange e imobilização por período de 5 ou 6 semanas são os tratamentos recomendados. O não tratamento deste tipo de lesão leva muitas vezes a rigidez fixa em flexão.

Causas

A sua localização superficial no dorso da mão e dedos torna-os particularmente suscetíveis de lesão por ferida ou outro traumatismo direto. Feridas, esmagamento ou a simples flexão brusca do dedo podem levar a lesão na inserção distal do tendão no osso levando a flexão da 3ª falange com o chamado “dedo em martelo” que levará a longo período de imobilização com ou sem cirurgia

Tratamento

A cicatrização do tendão pode levar a aderências aos tecidos circundantes (pele e osso), o tecido cicatricial que se forma pode impedir o tendão de esticar ou fletir completamente mesmo nas melhores condições de tratamento. O uso de talas dinâmicas e fisioterapia podem ser necessários nessas condições