Jorge Silva
Aos 63 anos, Jorge Silva, industrial na cidade de Aveiro, acorda todos os dias por volta das 6h30, cheio de energia e vontade de fazer aquilo que faz melhor: pão. Nem sempre foi assim. Há 40 quilos, quando o seu corpo de 1,74 metros carregava 118 quilos, a vontade de trabalhar era a mesma, mas o cansaço e a dificuldade de movimentos tornavam o dia a dia bastante complicado, tanto ao nível profissional como pessoal. “Sentia o corpo a ficar torto. Mexia-me com dificuldade. Cansava-me”, conta Jorge.
Foi por volta dos 33 anos que Jorge começou a engordar. A causa, segundo ele, foi fácil de identificar. “Esta é uma vida um bocado ingrata e somos muito desregrados a comer. Nunca comemos à hora certa, alimentamo-nos fora de horas e, quando o fazemos, é o que calha.” Cansado com a forma como o excesso de peso afetava a sua qualidade de vida, Jorge colocou uma banda gástrica em 2009 e, anos mais tarde, realizou um sleeve gástrico. Contudo, passado algum tempo, voltou a engordar.
Inspirado pela filha, cujo bypass gástrico se tinha revelado uma solução de sucesso, Jorge Silva decidiu procurar a Unidade de Obesidade do Hospital CUF Viseu, por recomendação de um dos médicos que o acompanhara anteriormente. “Marquei consulta com o Dr. Morais e Castro, que me agendou vários exames e me encaminhou para as consultas de Psicologia e Nutrição. Mais tarde, disse-lhe: já que está tudo bem, opere-me!”, recorda, com um sorriso.
Entre a primeira consulta, no início de setembro de 2021, e a operação, a 21 de outubro, passaram-se menos de dois meses. A partir de então, Jorge foi vendo resultados: “O peso foi descendo, descendo, até que, passado menos de um ano, já tinha menos 30 e tal quilos”, conta o industrial da panificação, cujo peso já estabilizou, embora continue a ser acompanhado na consulta de Morais e Castro. Entretanto, ganhou novos hábitos: “Antigamente chegava a estar sem comer até à meia-noite. Agora já paro pelo meio para comer. Como menos de cada vez, mas várias vezes ao longo do dia. De resto, faço uma alimentação normal.”
Feito o balanço, Jorge apenas tem palavras de apreço para a equipa do Hospital CUF Viseu que o tem acompanhado: “O modo como tudo está organizado na CUF é muito bom. Na primeira vez que fui à consulta senti logo que a equipa estava à minha espera, já estava tudo organizado. E ao nível administrativo também funciona tudo muito bem. Foi um espetáculo!”
Fotografias de Carlos Teles 4SEE