Cirurgia da Escoliose Idiopática Juvenil

O que é?

A cirurgia de Escoliose é indicada nos pacientes com curvaturas grandes em que a probabilidade de progressão é inexorável (de acordo com critérios cientificamente estabelecidos), associada a deformidades visíveis e progressões nítidas acompanhadas clinicamente. Existem várias técnicas cirúrgicas para tratamento da escoliose, mas a maioria delas consiste em colocar hastes metálicas que restituem o alinhamento e fixam a coluna, reduzindo a deformidade.

Os detalhes da cirurgia são definidos com base em classificações que consideram as características das curvaturas da coluna e subdividem a escoliose em diferentes tipos, que necessitam diferentes estratégias de correção.  É feita uma manobra específica de desrotação, na maioria dos casos, para endireitar a coluna.

A instrumentação irá manter as vértebras numa posição mais reta enquanto a consolidação óssea da artrodese se faz. Um enxerto ósseo pode ser usado para fundir ou artrodesar as vértebras sendo retirado do próprio paciente (autógeno), osso processado de um banco de ossos (alógeno) ou então utilizados substitutos ósseos de origem sintética.

 

Indicações

Nos casos de curvaturas muito grandes, geralmente associadas com doenças neurológicas, a deformidade da coluna pode comprometer a mobilidade e até a capacidade da pessoa respirar adequadamente, sendo mandatória a cirurgia.

Em alguns casos, a curvatura provoca um desequilíbrio do corpo, causando dor crónica e deformidade progressiva, também sendo necessário operar.

Riscos / Complicações

Os riscos de complicações mais graves em cirurgias de deformidade tem sido bastante minimizados atualmente, tanto pela evolução das técnicas, assim como devido aos cuidados durante a cirurgia, como a monitorização neurofisiológica intra-operatória e cuidados em unidade de terapia intensiva no pós-operatório imediato.

Além das complicações gerais inerentes a qualquer procedimento cirúrgico podemos destacar as seguintes situações possíveis no âmbito da cirurgia de coluna:

  • Lesão neurológica intra-operatória grave (<0,5%)
  • Lesão vascular intra-operatória
  • Infeção local ou sistémica
  • Falência do material implantado
  • Pseudoartrose
  • Dor no local de colheita de enxerto ósseo