Mononucleose: o que devo ou não comer?

Prevenção e bem-estar
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Quando a mononucleose o afeta ou afeta um familiar seu, é importante ter em conta o tipo de alimentos e bebidas que podem ajudar a combater esta infeção viral.

A mononucleose é uma infeção viral causada pelo vírus Epstein-Barr (da família do Herpes), podendo afetar pessoas de várias idades. É também conhecida como doença do beijo, por se transmitir pela saliva. Os sintomas incluem: Febre alta Dificuldade em engolir Tosse Dor de garganta Inchaço dos gânglios linfáticos Erupção cutânea Fadiga Mal-estar Problemas no baço e no fígado Náuseas e vómitos   Com todos estes sintomas, é normal que o apetite diminua. Comer pode ser mesmo um sacrifício. No entanto, uma alimentação adequada é crucial para aumentar a imunidade e recuperar da infeção, o que pode durar algumas semanas. Também se recomenda a ingestão de líquidos para aliviar os sintomas e evitar a desidratação. A adoção destas medidas, juntamente com muito descanso, contribui para impedir o aparecimento de complicações.   O que (não) deve comer se tiver mononucleose Adote uma dieta variada, equilibrada e rica do ponto de vista nutricional, com vista a reforçar o seu sistema imunitário. Inclua alimentos de todos os grupos alimentares, mas escolha os melhores para ajudar o seu organismo a combater o vírus. Prefira refeições mais leves e alimentos mais moles, como sopa, canja, leite, iogurtes e gelados, pois são mais fáceis de engolir e de digerir. Desta forma conseguirá alimentar-se bem, apesar dos problemas na garganta que são característicos desta infeção. Por outro lado, como é desaconselhada a prática de desportos, as refeições mais ligeiras, embora em maior número, permitem que não se sinta demasiado "pesado". Não coloque as gorduras na beira do prato, mas seja seletivo! Os alimentos ricos em ómega-3, como o salmão, ajudam a combater a inflamação. Para cozinhar, o azeite é a gordura de eleição. Não coma fast-food e alimentos com muita gordura, especialmente produtos processados, como batatas fritas de pacote. Assim não irá sobrecarregar órgãos que estão mais vulneráveis por causa da infeção, como o fígado. Não ingira alimentos ácidos, salgados e condimentados, que podem igualmente agravar a dor e o desconforto. Eleja alimentos não refinados. Por exemplo, coma cereais integrais em vez de pão branco ou biscoitos. Como fonte de proteínas, dê preferência a carnes brancas, ovo, peixes e leguminosas (como o feijão e as lentilhas). Aumente o consumo de alimentos ricos em antioxidantes, como os hortofrutícolas, de modo a fortalecer as defesas do organismo. Ingira bebidas frescas, de preferência água. Garanta uma ingestão de pelo menos 8-10 copos por dia. A desidratação é uma complicação frequente por causa das febres altas e da falta de vontade de beber. No caso das crianças, incentive-as a beber em pequenos goles ou com uma palhinha. Os batidos e sumos de frutas são uma boa escolha. Além de serem muito nutritivos, também contribuem para manter o corpo hidratado. Mas atenção: os sumos de citrinos podem irritar ainda mais os tecidos já inflamados da garganta. Evite as bebidas gaseificadas e o café. Os chás também são uma boa opção para hidratar. Alguns estudos mostram que o chá verde pode ser especialmente aconselhável, devido a propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.   Atenção! A alimentação é fundamental para recuperar da mononucleose, mas não dispensa a ida ao médico, sobretudo no caso de complicações.
Publicado a 13/04/2016