A Doença Vascular Cerebral constitui um grave problema de saúde pública em Portugal. Pode dar sintomas com deficiência súbita (perturbação da fala ou perda da força num lado do corpo, por exemplo). O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e de incapacidade permanente no nosso país. Mas a Doença Vascular Cerebral pode também progredir de forma inicialmente mais silenciosa, causando danos cerebrais que se podem manifestar mais tarde, com uma deterioração cognitiva precoce, e evoluir para uma demência vascular.

A Consulta de Doença Vascular Cerebral pretende ajudar a:

1) Detetar sinais precoces que possam indicar a presença de doença vascular cerebral incipiente, ou detetar problemas que aumentem o risco de surgir um AVC, e instituir medidas preventivas que permitam minimizar o risco de AVC e de progressão da Doença Vascular Cerebral.

2) Caso o doente tenha tido um défice neurológico transitório de causa vascular - Acidente Isquémico Transitório (AIT), promover o início imediato de tratamento para prevenção de AVC e o estudo rápido da causa para orientação dirigida.

3) Caso o doente tenha já manifestações neurológicas, possivelmente de doença vascular cerebral, nesta consulta é dada especial atenção aos diagnósticos diferenciais com outras doenças que cursam com sintomas e sinais neurológicos. No caso de doença vascular cerebral, são aplicados os protocolos internacionalmente recomendados para o diagnóstico e tratamento das várias entidades incluídas nas Doenças Vasculares Cerebrais.

A Consulta Doença Vascular Cerebral integra também a consulta de acompanhamento pós-AVC. Após um AVC há um risco importante de recidiva. Neste contexto, é essencial a implementação de medidas de prevenção secundária de acordo com as especificidades do AVC inicial, quer hemorrágico quer isquémico. É também necessária a orientação variável adequada às sequelas que o AVC provocou.